sexta-feira, 14 de junho de 2013

Vitamina D

A vitamina D (ou calciferol) é uma vitamina que promove a absorção de cálcio
(após a exposição à luz solar), essencial para o desenvolvimento normal dos
ossos e dentes, atua também (recentemente descoberto), no sistema imune, no
coração, no cérebro e na secreção de insulina pelo pâncreas. É uma vitamina
lipossolúvel obtida a partir do colesterol como precursor metabólico através
da luz do sol, e de fontes dietéticas.

Funcionalmente, a vitamina D atua como um hormônio que mantém as
concentrações de cálcio e fósforo no sangue através do aumento ou diminuição
da absorção desses minerais no intestino delgado. A vitamina D também regula
o metabolismo ósseo e a deposição de cálcio nos ossos. A vitamina D também é
muito importante para crianças, gestantes e mães que amamentam, por
favorecer o crescimento e permitir a fixação de cálcio nos ossos e dentes.

Além da importância na manutenção dos níveis do cálcio no sangue e na saúde
dos ossos, a vitamina D tem um papel muito importante na maioria das funções
metabólicas e também nas funções musculares, cardíacas e neurológicas. A
deficiência da vitamina D pode precipitar e aumentar a osteoporose em
adultos e causar raquitismo, uma avitaminose, em crianças.

A Vitamina D é armazenada nos tecidos do corpo humano como a
25-hidroxivitamina D e derivados (25-OH-D). A vitamina biologicamente ativa
(1-alfa, 25-dihidroxivitamina) D3 é produzido localmente em vários tecidos,
modulando a absorção de cálcio e as respostas inflamatórias. A quantidade de
vitamina D em relação ao estado nutricional do paciente é realizada através
de uma coleta simples de soro (25-OH-D).

Como fornecer vitamina D ao organismo deficiente?

A exposição ao sol desencadeia a produção de vitamina D na pele. Alguns
alimentos também representam uma fonte desta vitamina. O óleo de fígado de
bacalhau foi utilizado também como suplemento alimentar para evitar o
raquitismo, sendo hoje em dia facilmente substituível por medicamentos
contendo vitamina D, mas a vitamina D da luz solar continua a ser
preferível.

A vitamina D pode ser encontrada sob duas formas: o ergocalciferol (vitamina
D2) e o colecalciferol (vitamina D3). O ergocalciferol é produzido
comercialmente a partir do esteróide ergosterol encontrado em vegetais e
leveduras, através de irradiação com luz ultravioleta.
É utilizado como suplemento alimentar para enriquecimento de alimentos como
o leite com vitamina D. O colecalciferol é transformado pela ação dos raios
solares a partir da provitamina D3 (7-deidrocolesterol) encontrada na pele
humana. Ambas as formas D2 e D3 são hidroxiladas no fígado e rins a
25-hidroxicalciferol e subsequentemente à forma biologicamente activa, o
1,25-di-hidroxicalciferol (calcitriol), que actua como uma hormona na
regulação da absorção de cálcio no intestino e regulação dos níveis de
cálcio em tecidos ósseos e renais.

A vitamina D é fundamental para a homeostase do cálcio no organismo. Como
outras vitaminas, deve ser consumida em quantidades adequadas, evitando
faltas e excessos. A quantidade de vitamina D que um adulto precisa varia,
de acordo com a idade.

Poucos alimentos são considerados fontes de vitamina D, mas entre eles
encontram-se a gema de ovo, fígado, manteiga e alguns tipos de peixes como a
cavala, o salmão e o arenque. Embora em menor quantidade, a sardinha e o
atum também têm vitamina D.

Nos Estados Unidos da América é obrigatório que o leite seja reforçado com
vitamina D. Outros alimentos e bebidas também podem ser reforçados com
vitamina D nos EUA, inclusive cereais matinais prontos para comer, produtos
lácteos, bebidas à base de soja e sucos, porém são insuficientes por eles
só.

Porque devemos medir a vitamina D?

- Detectar toxicidade: Você pode ter absorção demasiada, levando a
calcificação vascular de hiper vitaminose D.
- Detectar deficiência: vitamina D regula a absorção de cálcio e fósforo /
reabsorção para manter a saúde óssea.
- Deficiência e insuficiência de vitamina D foram encontrados em estudo
recente, em indivíduos com osteopenia ou osteoporose. A deficiência de
vitamina D foi encontrada em 33% dos indivíduos abaixo de 50 anos de idade e
31,1% dos indivíduos com mais de 50 anos de idade.
- Insuficiência de vitamina D está ligada à depressão e transtorno afetivo.
- A vitamina D é importante em processos neurológicos auto-imunes como
esclerose múltipla.
- A vitamina D regula mecanismos apoptóticos em células pró-inflamatórias.
- Estudos recentes relacionam níveis baixos de vitamina D com maior risco de
ataque cardíaco, vários tipos de câncer e doenças auto-imunes.

No fígado, a vitamina D é convertida em uma forma que pode ser transportada
pelo sangue. Nos rins, essa forma é modificada para produzir hormônios
derivados da vitamina D, cuja função principal é aumentar a absorção de
cálcio no intestino e facilitar a formação normal dos ossos. Na deficiência
de vitamina D, as concentrações de cálcio e de fosfato no sangue diminuem,
provocando uma doença óssea porque não existe uma quantidade suficiente de
cálcio disponível para manter os ossos saudáveis.

Esse distúrbio é denominado raquitismo nas crianças, uma doença que se
manifesta com atraso no fechamento da moleira nos recém-nascidos (importante
na calota craniana), desmineralização óssea, as pernas tortas e outros
sinais relacionados com estrutura óssea. É denominado osteomalácia nos
adultos, onde se desenvolve ossos fracos e moles.

A deficiência de vitamina D é causada sobretudo pela falta de exposição à
luz solar e não tanto com vitamina D na dieta, como demonstram novos estudos
independentes. Essa deficiência pode ocorrer em indivíduos idosos porque a
pele produz menos vitamina D, mesmo quando exposta à luz solar.

A deficiência de vitamina D durante a gravidez pode causar osteomalácia na
mulher e raquitismo no feto. A vitamina D tem poucas hipóteses de se tornar
tóxica no corpo, pois quando a pele não transforma o colesterol presente em
vitamina D inativa (só e ativada no figado e rins), os raios solares

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