OBESIDADE INFANTIL
Uma em cada dez crianças está obesa, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mas os pais têm dificuldade de perceber o problema.
“Muitos ainda acham que uma criança gordinha é sinal de saúde e chegam ao ambulatório de obesidade depois que o pediatra constatou níveis alterados de colesterol, glicemia e pressão arterial”, diz a pediatra Maria Arlete Escrivão, responsável pelo Setor de Obesidade Infantil do Departamento de Nutrologia da Unifesp.
Como no adulto, a obesidade infantil tem como causas os maus hábitos (alimentação errada e sedentarismo) e predisposição genética.
Os danos físicos vão de infarto à apnéia, além de falta de ar, problemas posturais, como desvios na coluna, que surgem devido ao peso elevado. Também causam prejuízos à saúde mental como depressão, pois os gordinhos se isolam por causa do preconceito.
Contornar esses problemas de saúde com a mudança de hábito de vida é a melhor solução. O uso de medicamentos não é recomendado às crianças em fase de crescimento.
Importante que os pais saibam:
- Fixe os horários das refeições, pois a prática ensina disciplina e evita o consumo de guloseimas fora de hora.
- Não imponha dietas restritivas. Em fase de crescimento, o caminho é a reeducação alimentar: comer de tudo um pouco e em quantidades adequadas.
- Ignore o velho hábito de fazer o filho raspar o prato. Isso costuma provocar a perda da saciedade na criança, ou seja, ela deixa de ter o próprio limite de saturação.
- Não faça da comida uma forma de recompensa ou moeda de troca. Exemplo: oferecer um sorvete se o filho se sair bem na escola ou comer toda a salada.
- O processo de reeducação alimentar costuma ser mais longo em crianças. Não tenha pressa. O ideal é começar retirando aos poucos os alimentos que engordam e, se sentir necessidade, procurar ajuda especializada.
Fonte: Karina Klinger, Folha de São Paulo.
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